Ombudsman avalia Folha e leitores

Folha de S. Paulo - 31 de outubro de 2010

A avaliação é de que leitores se tornaram desconfiados até demais da imprensa, vendo manipulações onde elas não existem. É bem provável que isso seja verdade. Afinal, gato escaldado tem medo de água fria: é interessante ver como ele confirma, no primeiro parágrafo da terceira coluna, a parcialidade da Folha até o primeiro turno. Quando a Folha resolveu ser mais equilibrada, os leitores não embarcaram.

Moradia: direito -> produto -> serviço

Folha de S. Paulo - 27 de outubro de 2010

 

Moradores de favelas são nômades: ao serem despejados das suas casas, não têm condições de pagar moradia em locais regularizados e acabam indo morar em regiões com os mesmos problemas, só que mais distantes do interesse imediato do mercado e do poder público. Assim, ganham mais alguns anos até serem despejados novamente.

Também é interessante ver a argumentação da secretaria municipal de habitação, de que as pessoas deveriam se acostumar a pagar aluguel. Talvez, no futuro, moradia deixe de ser um bem e passe a ser um serviço: todas as casas seriam propriedade de empresas prestadoras, como numa rede de hotéis.

Os que acham esse cenário esquisito provavelmente também teriam achado quando a terra passou de direito a propriedade privada. Durante a idade média, na Europa, o fato de uma pessoa pertencer a uma vila ou cidade dava a ela o direito a utilizar uma porção de terra para plantar:  http://en.wikipedia.org/wiki/Open_field_system

Indicadores de desenvolvimento do Brasil

Publico um documento em PDF contendo gráficos de uma série de indicadores de desenvolvimento do Brasil, fazendo uma comparação entre os governos federais do PSDB (FHC) e PT (Lula). Para acessá-lo, clique aqui.

Eficiência do mercado da educação

Folha de S. Paulo - 17 de outubro de 2010

Questiono aqui se basta um mercado com bastante concorrência, com empresas competindo entre si, para gerar bons produtos e serviços. Com o grande trunfo nesta competição sendo o preço, o segredo está em economizar no que passa despercebido.

Mas essa discussão não se aplica à educação, pois ela não é um produto ou serviço, e sim um direito garantido. Certo?

O aborto por quem vive e pode fazer

Folha de S. Paulo - 10 de outubro de 2010

Embora 80% das pessoas se digam contrárias à legalização do aborto, 80% dos juizes e médicos optaram pelo aborto quando eles próprios passaram por uma situação de gravidez indesejada. Essa aparente incoerência não deve ser característica apenas de juizes e médicos, mas provavelmente de todas as pessoas que acabam vivendo na pele esse drama e possuem os meios que permitem tal decisão se tornar realidade.

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