Outro ataque contra a Wikileaks (2)

Folha de S. Paulo - 8 de dezembro de 2010

Ainda segundo a Folha de S. Paulo, o banco suiço Swiss Post Finance encerrou a conta pessoal de Assange, e as operadoras de cartões de crédito Visa e Mastercard anunciaram a suspensão de pagamentos e doações ao Wikileaks. É possível que Julian Assange seja acusado nos EUA de espionagem e lá julgado.

Outro ataque contra a Wikileaks (1)

Folha de S. Paulo - 7 de dezembro de 2010

Mais um ataque à Wikileaks. Até agora, o resumo é o seguinte: 

• A pedido dos EUA, a Amazon pára de hospedar o Wikileaks e deixa o site fora do ar; 
• Julian Assange tem ordem de prisão decretada na Suécia por supostos crimes sexuais; 
• Julian Assange é colocado na lista de mais procurados da Interpol, por causa das acusações de crime sexual; 
• A EverryDNS, empresa que fornecia o domínio do site, suspende o serviço; 
• O site PayPal cancela a conta aberta pela Wikileaks para receber doações; 
• O banco Swiss Post suspende as contas pessoais de Julian Assange. 

Frisbee é divulgado na Folha de S. Paulo

Folha de S. Paulo - 6 de dezembro de 2010

E a foto ficou bem legal!

PS: Clique na imagem para ampliá-la.

Fecha o cerco contra Wikileaks

Folha de S. Paulo - 2 de dezembro de 2010

 EUA pressionou e conseguiu tirar do ar o site Wikileaks. Julian Assange, fundador do Wikileaks, é colocado na lista dos mais procurados da Interpol.

Professores da USP criam graduação paga

Folha de S. Paulo - 23 de novembro de 2010

A FIA (Fundação Instituto de Administração) criada e administrada por professores da USP, agora terá cursos de graduação para vender. Parece existir aí um problema ético: que tipo de tratamento os professores  e coordenadores da fundação privada FIA darão aos cursos públicos e gratuitos da USP, sendo que o sucesso da USP implica numa diminuição de alunos pagantes no curso da FIA?

O diretor da FIA, James Wright, já afirmou que o tratamento será bom, negando que haja prejuízo para a USP. Até falou que sua motivação é criar um curso de referência internacional. E o fato do tal curso ser criado na FIA, e não na USP, sustenta claramente sua afirmação. Ou ao menos assim lhe parece.

Detalhe para a (manipulação ou má qualidade?) da matéria: o quadro a direita dá a impressão de que é o diretor da FEA-USP que afirma que não haverá prejuízo. Entretanto, que faz tal afirmação é o diretor da FIA, que inclusive já havia sido citado no texto principal.

Clique na imagem para ampliá-la.

Acusações úteis contra Wikileaks

Folha de S. Paulo - 19 de novembro de 2010

O site Wikileaks ficou muito famoso por revelar documentos secretos do exército americano que demonstravam a matança de civis na guerra do afeganistão e no iraque. Após estes episódios, o governo dos Estados Unidos pediu para que outros países do mundo abrissem investigações criminais contra seu criador, Julian Assange. Surge então esta ordem de prisão, mais que suspeita e, no mínimo, conveniente.

Kassab quer PMs como subprefeitos

Folha de S. Paulo - 1 de novembro de 2010

O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, coloca policiais militares como subprefeitos e fiscais da prefeitura. Por que será que Kassab tem essa predileção por policiais na administração da cidade? Existiria alguma correlação entre as opiniões desse grupo frente às questões da cidade (educação, transporte, lazer, segurança, moradia) e as do prefeito? Ou seria apenas um movimento de favorecimento político?

Ombudsman avalia Folha e leitores

Folha de S. Paulo - 31 de outubro de 2010

A avaliação é de que leitores se tornaram desconfiados até demais da imprensa, vendo manipulações onde elas não existem. É bem provável que isso seja verdade. Afinal, gato escaldado tem medo de água fria: é interessante ver como ele confirma, no primeiro parágrafo da terceira coluna, a parcialidade da Folha até o primeiro turno. Quando a Folha resolveu ser mais equilibrada, os leitores não embarcaram.

Moradia: direito -> produto -> serviço

Folha de S. Paulo - 27 de outubro de 2010

 

Moradores de favelas são nômades: ao serem despejados das suas casas, não têm condições de pagar moradia em locais regularizados e acabam indo morar em regiões com os mesmos problemas, só que mais distantes do interesse imediato do mercado e do poder público. Assim, ganham mais alguns anos até serem despejados novamente.

Também é interessante ver a argumentação da secretaria municipal de habitação, de que as pessoas deveriam se acostumar a pagar aluguel. Talvez, no futuro, moradia deixe de ser um bem e passe a ser um serviço: todas as casas seriam propriedade de empresas prestadoras, como numa rede de hotéis.

Os que acham esse cenário esquisito provavelmente também teriam achado quando a terra passou de direito a propriedade privada. Durante a idade média, na Europa, o fato de uma pessoa pertencer a uma vila ou cidade dava a ela o direito a utilizar uma porção de terra para plantar:  http://en.wikipedia.org/wiki/Open_field_system

Indicadores de desenvolvimento do Brasil

Publico um documento em PDF contendo gráficos de uma série de indicadores de desenvolvimento do Brasil, fazendo uma comparação entre os governos federais do PSDB (FHC) e PT (Lula). Para acessá-lo, clique aqui.

Eficiência do mercado da educação

Folha de S. Paulo - 17 de outubro de 2010

Questiono aqui se basta um mercado com bastante concorrência, com empresas competindo entre si, para gerar bons produtos e serviços. Com o grande trunfo nesta competição sendo o preço, o segredo está em economizar no que passa despercebido.

Mas essa discussão não se aplica à educação, pois ela não é um produto ou serviço, e sim um direito garantido. Certo?

O aborto por quem vive e pode fazer

Folha de S. Paulo - 10 de outubro de 2010

Embora 80% das pessoas se digam contrárias à legalização do aborto, 80% dos juizes e médicos optaram pelo aborto quando eles próprios passaram por uma situação de gravidez indesejada. Essa aparente incoerência não deve ser característica apenas de juizes e médicos, mas provavelmente de todas as pessoas que acabam vivendo na pele esse drama e possuem os meios que permitem tal decisão se tornar realidade.

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Redistribuição de poder mundial

Folha de S. Paulo - 23 de setembro de 2010

  

Destaques deste recorte: Estados Unidos gasta 6,5 vezes mais que o segundo colocado em gastos militares, e críticos apontam para o desperdício de dinheiro, com base no fracasso das guerras no Oriente Médio. O poder econômico parece mais distribuído, mas os Estados Unidos querem decidir as regras do jogo, entre elas o direito de apropriação privada do conhecimento.

A importância das empresas estatais

Folha de S. Paulo - 16 de setembro de 2010

Apesar (ou ao contrário) do tom alarmista, a reportagem traz um dado importante: as empresas estatais podem aumentar a receita do governo e permitir que ele faça mais investimentos. Tais investimentos podem incluir educação e saúde, por exemplo. Esse é um ponto que precisa ser levado em conta em discussões sobre privatização.

PS: Aliás, o tom da reportagem também me chama a atenção. Será que ele quer passar a mensagem de que o governo não deveria precisar de empresas estatais?

O verdadeiro marketing viral

Folha de S. Paulo - 8 de setembro de 2010

 O laboratório Wyeth, atualmente parte da Pfizer, contratou uma empresa para escrever artigos que ressaltavam dados positivos e negligenciavam negativos sobre seus medicamentos. Pesquisadores laranjas então assinavam os artigos, que eram submetidos a revistas científicas. O laboratório está sendo processado nos EUA. Pfizer argumenta: "Os artigos têm que passar pelo corpo editorial da revista e depois são avaliados pela comunidade científica. Logo, não têm nada de errado."

Aproveitando esta notícia, resgatamos a seguinte dos nossos arquivos:

Folha de S. Paulo - 31 de maio de 2010

 

Dinheiro traz felicidade até certo ponto

Folha de S. Paulo - 7 de setembro de 2010

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos indica que o aumento da renda leva a um aumento da felicidade.  Entretanto, a partir de uma renda mensal de aproximadamente US$6 mil, o efeito praticamente desaparece. Se a teoria econômica tivesse a felicidade como critério de eficiência ao invés do montante total de dinheiro acumulado, nós talvez tivéssemos uma sociedade diferente.

Existe mesmo avaliação dos professores?

Folha de S. Paulo - 6 de setembro de 2010

Diversos estados brasileiros adotam bônus e prêmios a professores de acordo com o desempenho dos estudantes em provas. Dois comentários:

• Parece claro que o nível sócioeconômico é um dos grandes responsáveis pelo desempenho dos alunos. Entretanto, o único estado que parece levar isso em conta (de acordo com o levantamento superficial da Folha) é o Espírito Santo. Estou analisando tais políticas de forma errada ou são tais políticas que estão muito erradas mesmo?
• Muitos estados computam o desempenho do professor comparando o ano anterior com o seguinte. É possível utilizar este método num campo onde as mudanças são lentas e sujeitas a flutuações aleatórias? Em Minas Gerais, professores podem ser demitidos por fenômenos puramente estatísticos, como o chamado "regressão à média".

(Clique na imagem para ampliá-la)

Habitação melhora de péssimo para ruim

Folha de S. Paulo - 2 de setembro de 2010

Segundo dados do IBGE, porcentagem de moradias consideradas inadequadas (que apresentam pelo menos um dos quatro problemas listados acima) passou de 63,2% em 1992 para 43% em 2008. Este não é apenas um problema de habitação, mas também de saúde, uma vez que a falta de tratamento de esgoto, água e  de lixo ajudam na propagação de doenças. Neste sentido também houve melhora, já que o número de internações por conta de doenças ligadas a água contaminada e falta de higiene diminuiu.

Outro aspecto que deveria ser levado em conta quando a qualidade das habitações é avaliada é a ventilação e iluminação das casas, que estão ligadas à incidência de doenças respiratórias, e a densidade de pessoas, que pode ter efeitos sobre a violência doméstica.

Menos fumantes

Folha de S. Paulo - 31 de agosto de 2010

  

Boas notícias num longo prazo. 

As ervas daninhas do oriente médio

Folha de S. Paulo - 4 de agosto de 2010

Parece que as árvores estão na raiz dos conflitos no oriente médio, semeando a discórdia entre países vizinhos. O filme profético Lemon Tree já havia dito isso há dois anos. A solução seria plantar grama. Ou não, porque a do vizinho é sempre mais verde.

Aprendizagem começa cedo

Folha de S. Paulo - 16 de julho de 2010

Aos quatro anos, é importante aprender que comida é McDonald's e bebida é Coca-Cola.

Vote Coca-Cola

Folha de S. Paulo - 29 de junho de 2010

É triste pensar que o parâmetro para dizer "nossa, quanto tempo! Assim já é quase uma lavagem cerebral, a Dilma vai acabar ganhando a eleição" seja o tempo de propaganda de um refrigerante. Porque ver 45 segundos de "Sempre Coca-Cola" a cada dia é normal, aí tudo bem.

Se não fosse o horário eleitoral, o presidente do Brasil seria a Coca-Cola.

Voto de classe

Folha de S. Paulo - 21 de junho de 2010

 

Da série "divisão clara do eleitorado", mais uma pesquisa que aponta a tendência. De 1998 a 2006, o cenário se repete, com a zona oeste da cidade de São Paulo sendo o grande reduto do PSDB.

Ameaçado pela Veja

Autoria própria - 18 de junho de 2010

Revista Veja ameaça consumidores. Só faltava contar até três.

 

Afeganistão é bom investimento

Folha de S. Paulo - 14 de junho de 2010

Um estudo feito por oficiais do Pentágono e por geólogos estadounidenses descobriu imensas reservas de lítio e outros materiais importantes para a indústria de eletrônicos no Afeganistão, e ainda por cima bem onde ocorrem disputas com o Taleban. Por que o exército dos EUA, que está preocupado com o terrorismo vindo da região, realizou estudos sobre reservas de minerais na região? Seja qual for o motivo, minerar os trilhões de dólares dali será mais rentável quando o custo de tirar o Taleban da região tiver sido pago com dinheiro dos impostos.

PS: Clique na imagem para ampliá-la.

Ficha limpa neste ano

Folha de S. Paulo - 11 de junho de 2010

Parece que a lei chamada "Ficha Limpa" já deve valer para as eleições de 2010, tornando inelegíveis pessoas condenadas em crimes contra o patrimônio público. No final das contas, parece uma boa notícia. Resgatando um pouco de pessimismo, vejo duas formas do tiro sair pela culatra: a lei ser utilizada para perseguir adversários políticos, e a velha embromada para escapar das justas punições. Que seja só pessimismo.

Para conhecer o tamanho da sonegação

Folha de S. Paulo - 10 de junho de 2010

Após a instalação de um sistema de controle de produção nas fábricas de bebidas, a arrecadação de impostos subiu 20%. Isso dá uma idéia de quanto dinheiro deixa de entrar nos cofres públicos por causa de sonegação.

Produzir muito, mesmo que seja lixo

Folha de S. Paulo - 31 de maio de 2010

Quando se olha para os aparelhos eletrônicos de hoje se percebe que há algo errado na nossa maneira de produzi-los. Será que com tanta tecnologia não seria possível produzir aparelhos mais versáteis e duráveis? Pense na quantidade de tempo, trabalho, matéria prima e dinheiro gastos produzindo eletrônicos destinados ao descarte, desperdiçados. E na quantidade de lixo gerado. Os carregadores de celular de fato são o fim da linha: a única diferença de um para o outro é o plugue, que não é o mesmo nem pra mesma marca! É como se o objetivo fosse evitar a reutilização... ah, espera. É esse mesmo o objetivo (Obsolescência planejada).

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Baixa no desemprego

O Estado de S. Paulo - 28 de maio de 2010

Uma notícia boa, para variar.

Médicos mais baratos, saúde mais cara.

Folha de S. Paulo - 27 de maio de 2010

De 2000 a 2009, preços de planos de saúde cresceram duas vezes mais do que o valor pago aos médicos, este que inclusive ficou abaixo da inflação. De acordo com a reportagem que acompanhava as recortadas acima, os médicos "argumentam que não têm poder de barganha por causa do excesso de profissionais - quando um médico desiste de atender pelo plano, há sempre outro disposto a ocupar esse lugar". Quer dizer, não se iluda pensando que os salários elevados de profissionais especializados são uma valorização da formação. Tudo não passa da velha lei do mercado de oferta e demanda. Essa lei traria resultados mais bem ajustados se existissem mais empreendimentos de planos de saúde. Mas é claro que são poucas as pessoas que têm dinheiro suficiente para montar um negócio desses.

Porta-vozes do criador (de informação): metalinguagem

Folha de S. Paulo - 25 de maio de 2010

Parece que 80% do conteúdo de blogs (em inglês) é proveniente de apenas 4 fontes, todas já grandes mídias. Embora a ênfase seja outra na maioria dos casos, a informação veiculada é sempre produzida pelas mesmas pessoas. Estaríamos limitados a apenas selecionar informações de uma lista pré-estabelecida? Estaríamos condenados a conhecer apenas o que 4 grupos publicam?

Aprovada lei para 2012: apenas estratégia?

Estado de S. Paulo - 20 de maio de 2010

Cuidado com a velha tática de aprovar uma lei e esperar que todos tenham se esquecido dela para mudá-la. O que será que teremos em 2012?

Proteção contra cópias

Folha de S. Paulo - 11 de maio de 2010

 Aparentemente, o chamado "pay-per-view" se encaminhou para a intepretação literal do nome: "pague por olhada". Esqueceu? Quer mostrar para alguém? Paga de novo.

Ainda bem que agora estamos protegidos, como diz o título da manchete.

Garantindo a propriedade sobre cultura e conhecimento

Folha de S. Paulo - 6 de maio de 2010

Proposta de acordo internacional contra a chamada pirataria poderia acabar com medicamentos genéricos. Transmissões de dados pela internet seriam monitoradas e pessoas que baixassem conteúdo classificados como propriedade intelectual seriam banidas. Tudo isso para reduzir o prejuízo (ou ditribuição?) de US$250 bilhões ao ano.

É importante discutir se esse tipo de política traz benefícios ou prejuízos à sociedade.

Para começar: http://www.youtube.com/watch?v=IeTybKL1pM4

O outro lado das fundações

Folha de S. Paulo - 3 de maio de 2010

Fundações universitárias agilizam a administração. Até demais.

EUA: preconceito e tirania legalizados

O Estado de S. Paulo - 30 de abril de 2010

A lei aprovada no estado do Arizona obriga policiais a prenderem pessoas que eles arbitrariamente suspeitarem ser imigrantes ilegais. Ainda bem que surgiram críticas à lei, ou estaríamos perdidos.

Ótimos argumentos contra casais gays

Folha de S. Paulo - 29 de abril de 2010

Em resumo: a criança precisa ter um pai e uma mãe porque ela precisa de um pai e uma mãe.

 X = X, q.e.d.

PS: clique na imagem para ler a reportagem.

Metas para a educação: ganhar muito dinheiro

Folha de S. Paulo - 20 de abril de 2010

Fica difícil acreditar que as propostas apresentadas pelo vice-reitor da UNIBAN buscam a qualidade do ensino. Praticamente todas elas resultam em aumento de lucros para as universidades privadas:

1. A pesquisa acadêmica nas universidades privadas (que é obrigatória para quem quer ser chamado de universidade) deveria ser custeada por verbas públicas.
2. Laboratórios e bibliotecas deveriam ser pagos por verbas públicas.
3. Estado deve pagar as mensalidades dos que não podem pagar.
4. Ensino superior público deveria ser pago.
5. Especialidades deveriam ser transferidas da graduação para a pós.
6. Obrigatoriedade de atualização profissional.

A duas primeiras podem ser traduzidas para: "A sociedade deve arcar com os nossos custos".
As seguintes podem ser traduzidas para: "Queremos mais pessoas pagando nossas mensalidades".

Além disso, se o vice-reitor defende que o estado deve investir em educação superior, por que não nas universidades públicas?

O conto do vigário de Wall Street

O Estado de S. Paulo - 19 de abril de 2010

Além desse golpe, o Goldman Sachs também:

• Ganhou do governo dos EUA 10 bilhões de dólares na crise do subprime, no final de 2007.
• Pagou a seus executivos 15 bilhões de dólares em 2008.
• Pagou de volta o governo dos EUA com dinheiro de acionistas.

Fontes: wikipedia, USA today, Daily mail.

Estações de metrô elitizam entorno

O Estado de S. Paulo - 15 de abril de 2010

Da série "expulsão de pobres das regiões centrais". Esse é um dos efeitos da mão invisível do mercado, "alocando recursos escassos de forma eficiente" (um eufemismo para reserva de bens para um pequeno grupo). Num trecho de outra matéria neste jornal: "Na rua dos Pinheiros, os moradores de um prédio na frente da Estação Faria Lima, que será inaugurado (sic) em breve, viram o aluguel saltar de R$700 para R$1 mil em poucos meses."

Quanto tempo levará para a mão invisível pegar você também? Neste ano, no meu bairro, o IPTU subiu 20% e a conta de luz triplicou devido a nova classificação da região, de "baixa renda" para "plena".

Na tragédia, bons negócios

Folha de S. Paulo - 13 de abril de 2010

Não é só através do IPTU que os pobres são expulsos de áreas nobres. Para isso, a prefeitura do Rio de Janeiro usará a tragédia e a vista grossa com as leis.

Vale a pena acompanhar como estará o local daqui a alguns anos. Segue abaixo link para a localização da favela junto ao cemitério São João Batista:

http://is.gd/brF7t

Inaugurado balcão de negócios do clima

Folha de S. Paulo - 12 de abril de 2010

No que serão baseadas as decisões a respeito do destino do clima terrestre? Será que as negociações e a "mão invisível" do mercado são a melhor forma para determinar o futuro do planeta?

Como evitar as tragédias no RJ?

F

Folha de S. Paulo - 8 de abril de 2010

Quais são as causas para as tragédias no Rio de Janeiro?

• Falta de verbas para urbanização de favelas?
• Quantidade de chuvas além do normal?
• Governantes despreparados?
• Priorização dos grandes negócios turísticos e imobiliários?
• Outras não apresentadas nas notícias?

Classificação de consumo traz boa notícia

Folha de S. Paulo - 7 de abril de 2010

Embora o Brasil continue estagnado em muitos aspectos, algumas melhoras foram vistas nos últimos anos, principalmente na redução do número de miseráveis. Essa melhora se refletiu na classificação da população nas classes de consumo A, B, C, D e E. Para maiores informações sobre essa classificação:

http://www.datavale-sp.com.br/CCEB.pdf

Folha tenta melhorar cobertura sobre a greve de professores

Folha de S. Paulo - 30 de março de 2010

Essa deve ser a primeira matéria da Folha que tratou um pouquinho sobre os motivos da greve dos professores de SP, ao invés de só falar dos confrontos em passeatas, características partidárias, etc. Ainda assim, a discussão ficou muito rasa e me restam muitas dúvidas:

• Quando o governo fala que seria muito caro aumentar o salário de todos os professores e portanto só vai pagar direito os "melhores", ele admite que uma grande quantidade de professores continuarão sendo "ruins"?
• Da forma como se quer premiar o mérito do professor, se leva em conta o contexto onde o professor está inserido?
• Quais os motivos dos professores para serem contrários a exames?

Um fato curioso: Lendo os quadros "a favor" e "contra", notei que no segundo diziam que o entrevistado era "pesquisador da Faculdade de Educação da USP", enquanto no primeiro diziam "pesquisador da USP e do Insper". Me perguntei: "uai, por que não especificaram de que unidade da USP ele é?". Descobri que é porque soaria esquisito: embora tenha alguns trabalhos relacionados a educação, Naercio é professor da Faculdade de Economia e Administração.

Conheçendo os eleitores

Folha de S. Paulo - 8 e 27 de março de 2010

Em eleições envolvendo PT e PSDB, já ficou perceptível diversas vezes que o eleitorado se divide em dois grupos distintos. Durante a reeleição de Lula em 2006, este obtinha vantagem no norte e nordeste, enquanto Geraldo Alckmin tinha vantagem no sul e sudeste. Durante a tentativa de reeleição de Marta Suplicy em 2004, esta obtinha vantagem na periferia de São Paulo, enquanto José Serra tinha vantagem na região central. Apesar dessa separação clara, a forte correlação entre escolaridade e renda no Brasil levanta algumas questões:

• Quem vota no PSDB? Os mais instruídos ou os mais ricos?
• Quem vota no PT? Os menos instruídos ou os mais pobres?

As duas recentes pesquisas do DataFolha apresentadas acima podem ajudar a dar nome aos bois: parece ser principalmente a renda, e não a escolaridade, que determina as intenções de voto.

Desta vez, uma tirinha

Folha de S. Paulo - 26 de março de 2010

Já que é sexta feira, uma tirinha para espairecer.

 

A (en)cobertura jornalística

Folha de S. Paulo - 24 de março de 2010

 O que faz uma reportagem de 5 parágrafos gastar 3 quantificando a adesão à greve e nenhum explicando os motivos?

a) Incompetência;

b) senso de relevância estragado;

c) manipulação intencional?

Seja o que for, precisamos de jornais melhores.